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As fotos no cabeçalho são
da autoria do CDFF 

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16 Dias de Activismo Contra a Violência de Género 2020:

Mês da mulher 2020:

Debate, workshop, feira, música, desporto, cinema, exposição, poesia, teatro, dança e muito mais

Programa do Mês da Mulher 2020

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Mulheres Jovens sob Ataque (debate)

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Liberdade de Expressão

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Marcha Gilles Sistac

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Contra violação dos direitos humanos no Código Penal

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Desfile do 1º de Maio

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Prémio da Rede de Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos 2012

Anúncio dos vencedores

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Fotos da Marcha de Solidariedade dos Povos da SADC (2012)

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Não é fácil ser mulher ...

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... em Moçambique

Aborto. Pense nisso...

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(Material usado em acções de formação da WLSA)

Quem vai querer dar a luz aqui?

Fatima

O estado em que se encontram alguns dos postos de saúde em Cabo Delgado

"Alzira"

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Filme produzido pela WLSA Moçambique sobre sobre uma jovem que, até há pouco tempo, vivia com fístula obstétrica.

"Omitidas"

Brochura elaborada pela WLSA Moçambique sobre o problema da fístula obstétrica - um drama que atinge cerca de 100.000 mulheres em Moçambique.

Omitidas

Clique aqui para descarregar a brochura (em PDF)

Leia mais sobre fístula obstétrica

Contra a violência de género

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A sociedade civil manifestou-se na inauguração dos X Jogos Africanos

 

Chiluva, nome de flor, de mulher e de… preservativo

Maria José Arthur

 

Publicado em “Outras Vozes”, nº 5, Novembro de 2003

 
Fomos um dia destes contactadas por uma leitora do Outras Vozes, que nos colocou como preocupação o facto da nova marca nacional de preservativo se chamar “Chiluva”. Chiluva, que sempre foi nome de flor e de mulher, é agora também a designação comercial de um preservativo.

Já nos tínhamos habituado a ouvir e a ver as campanhas publicitárias em que homens e mulheres diziam ser necessário “ir com Jeito” (a marca de preservativo bem conhecida por todos), invocando assim uma decisão conjunta. Agora, com a nova marca, se calhar vamos ver e ouvir homens a dizerem que “nunca se separam da sua Chiluva”. Jogando então com um trocadilho entre a Chiluva-mulher e a Chiluva-preservativo. Não só não se entende como também nos desgosta. Uma mulher não é um preservativo. Uma mulher não é um objecto para o prazer sexual.

O preservativo é um dispositivo para ser usado nas relações sexuais e serve tanto de protecção para as DTS/SIDA, como de meio anticoncepcional para evitar a gravidez. E as relações sexuais devem ser praticadas entre indivíduos conscientes do que fazem e com base num mútuo consentimento. Homens e mulheres devem poder escolher os seus parceiros, devem poder decidir se e quando querem ter relações sexuais. Têm ambos direito ao sexo seguro, sem receios nem medos. Têm direito ao carinho e ao prazer.

No entanto, não é por acaso que as campanhas de educação que apostaram na consciencialização das mulheres para incrementar o uso do preservativo não estão a ter muito resultado. E a razão para tal insucesso é que nas nossas sociedades a sexualidade é construída de modo a dar aos homens a possibilidade de controlar a vida sexual, a sua e a da(s) parceira(s). O que é o mesmo que dizer que, no casamento – e por extensão no namoro -, a mulher deve estar sempre disponível, porque é ao homem que compete decidir como e quando deve ser conduzida a vida sexual de ambos os parceiros. Assim, segundo as normas vigentes, o sexo para as mulheres é potencialmente coercivo. Potencialmente coercivo quer dizer: o marido tem direito a exigir serviços sexuais por parte da esposa, o que é socialmente aceite, inclusive no Código Penal em vigor. Por isso, a figura “violação no casamento” não existe ainda na lei. Este poder masculino obviamente que inclui a decisão de usar ou não o preservativo porque, em última instância, é o homem que tem a palavra. Não estamos a negar a existência de casais em que ambos decidem em conjunto a sua vida sexual. Afirmamos simplesmente que segundo o modelo dominante, um homem não precisa do consentimento da sua parceira e pode dispensá-lo. Isso faz parte das suas prerrogativas. Por isso, consciencializar simplesmente as mulheres não basta, é preciso dar-lhes poder.

É assim que, na prática, o preservativo é masculino não só porque está adaptado ao órgão sexual masculino, mas também porque são os homens quem decidem do seu uso ou não. Então, porque é que se dá um nome feminino a um preservativo masculino para ser usado por homens? O que vem a Chiluva fazer no meio disto? Porque não chamá-lo de Mateus, de Cossa ou de Filimone?

Juntamo-nos à indignação suscitada pela escolha deste nome para marca comercial de um preservativo masculino. Solidarizamo-nos com as Chiluvas mulheres, que como cidadãs merecem todo o respeito a que têm direito e que se repugnam pelo uso que se está a fazer do seu nome. Lamentamos que os responsáveis por esta decisão insultuosa e de mau gosto não tenham buscado referências que não sejam atentatórias à dignidade das mulheres.

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Pesquisa

Novos livros

Cabo Delgado:

Narrativas e práticas sobre direitos humanos

capa do livro

Mulher e democracia: indo além das quotas

capa do livro Concurso de Leitura

Silenciando a discriminação

Capa do livro  

Novidades

Comemorando o Dia Internacional da MulherComemorando o Dia Internacional da Mulher

Covid-19: as 25 preocupações mais comuns das mulheres

16 dias de Activismo Contra a Violência de Género 2020

Crianças e Covid-19: jogos para brincar com as crianças

 

Chega! - Junt@s Podemos Acabar com a Violência contra Mulheres e Raparigas

Convite para campanha contra a violência sexual

Campanha UDHINDO:

setacinza Moatize: Sociedade Civil lança campanha pelos direitos humanos e meio ambiente

setacinza Manifesto da Campanha

setacinza Comunicado de Imprensa


A repressão policial das feministas e a expulsão de Eva Moreno


Cartazes sobre o Código Penal

Cartaz contra o Artigo 46 do Código Penal  

Tiras da Feminista Durona

A Feminista Durona

setacinza Veja todas as tiras da Feminista Durona


WLSA / @ Verdade:

Acompanhe a distribuição do jornal A Verdade nos subúrbios de Maputo setacinzaReportagens e artigos da WLSA em parceria com o jornal @ Verdade.

Todas as matérias


A revisão do Código Penal deve respeitar os direitos humanos das mulheres

Clique aqui para ver alguns vídeos sobre a violação sexual de menores e a violação no casamento - dois crimes contra os quais o Código Penal revisto não protege cabalmente.

setacinza Em defesa da paz: organizações de mulheres escrevem ao Presidente da República e ao Presidente da Renamo


setacinza Mulheres corajosas

Viagem no mundo das fístulas vesico-vaginais Um depoimento apaixonado e emocionante de um cirurgião que dedicou a sua vida a salvar mulheres que vivem com fístula obstétrica, uma condição incapacitante e que leva à discriminação e ao isolamento social.

Conferência Nacional sobre Violência de Género

Cartaz da Conferência Nacional sobre a Violência de Género
Maputo, 28 a 29 de Novembro 2012

setacinza Apresentações e discussões

setacinza Comunicado final

setacinza Fotos da Conferência

setacinza Documento da Conferência

setacinza Programa da Conferência


Entrega do Prémio da Rede de Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos 2012

setacinza Veja o anúncio dos vencedores
Graça Machel, Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade, posicionou-se sobre a revisão do Código Penal, subscrevendo as demandas da sociedade civil. Veja as cartas que ela endereçou a diversas personalidades da Assembleia da República.

Revisão do Código Penal

Direitos iguais no Código PenalA Assembleia da República (AR) está a preparar uma revisão do Código Penal, que data de 1886.

setacinza Nota ao Parlamento

Preocupado com o rumo que está a tomar a revisão do Código Penal, um grupo de organizações da Sociedade Civil diriguiu uma nota à AR. setacinza Carta da Rede de Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos
Logo da Rede DSR

Factsheet

Informação sobre os Direitos Sexuais e Reprodutivos das mulheres em Moçambique, recolhida pela Rede de Defesa dos Direitos Sexuais e Reprodutivos

Clique aqui para ler os artigos publicados em "Outras Vozes" (entre 2002 e 2015).
Mulher e Lei na África Austral - Moçambique