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Rede HOPEM contra “casamentos” prematuros: Inhambane como alvo

No âmbito deste programa foi realizada uma Conferência “Masculinidades e Casamentos Prematuros”, na cidade de Inhambane, no dia 24 de Junho de 2015, para a qual contou também com uma parceria com o Fórum da Sociedade Civil para os Direitos da Criança-ROSC.

Esta conferência permitiu reforçar a advocacia para a observância e eliminação dos casamentos prematuros na província de Inhambane, trazendo ao debate público os problemas que esta temática engloba a diferentes níveis, assim como permitiu definir estratégias no enfrentamento a nível individual e institucional.

Das estratégias traçadas avançou-se a possibilidade de criação de uma plataforma provincial sobre casamentos prematuros e envolvimento dos líderes e da esposa do governador (que foi eleita patrona da causa na província de Inhambane) para influenciar a reflexão e mudança de comportamento nas comunidades visando a eliminação dos casamentos prematuros, envolvimento das instituições de pesquisa e cometimento das lideranças comunitárias para a erradicação do problema, entre outras acções.

De referir que estiveram presentes nesta conferência 150 participantes provenientes da cidade de Inhambane e de alguns dos distritos, representando associações, universidades, organizações e instituições de defesa dos Direitos Humanos e Direitos das Mulheres.

Uma outra actividade foi o festival com o lema “Stop Casamentos Prematuros”, realizado no dia 1 de Agosto de 2015, no distrito de Jangamo, província de Inhambane. O evento foi organizado pela Rede Hopem com o apoio da Plan International e contou com cerca de 800 participantes, entre crianças, membros da sociedade civil e autoridades locais da província de Inhambane.

O festival foi um momento para todas escolas marcharem e em coro gritarem bem alto “stop casamentos prematuros” e constituiu uma oportunidade para juntar as escolas para reflexão e acção para prevenção, mitigação de casamentos prematuros nas comunidades, contribuindo para disseminar uma mensagem de repúdio ao casamento prematuro à província, aos pais e ao mundo.

O festival foi marcado por expressões artísticas pelas escolas do distrito, na forma de poesia, música, dança e teatro. Os números artísticos apresentados  expressavam a situação dos casamentos prematuros sob o ponto de vista das crianças do distrito.  O festival compreendeu ainda a realização de uma feira de saúde onde foi dada a oportunidade para os adolescentes e jovens se informarem sobre a sua saúde e sobretudo para a apresentação dos efeitos para a saúde de crianças vivendo em casamentos prematuros.

Informação prestada por Eunice Margarido, da Rede Hopem

Veja mais algumas fotos do festival: