As mulheres cientistas abraçaram a investigação agrária e florestal para contribuir na adopção de políticas que garantam uma melhor produção e produtividade agrária a nível comunitário, assim como para o maneio florestal e preservação de algumas espécies florestais que são muito procuradas para a exploração de madeira tais como jambire, umbila e chanfuta.

O Fórum Nacional das Rádios Comunitárias (FORCOM), organizou um evento no município da Matola, província de Maputo, para a reflexão sobre os casamentos prematuros em Moçambique e, para se desenhar plataformas e definir mecanismos para o sucesso da campanha contra os casamentos prematuros, visto que, Moçambique posiciona-se entre os dez países do mundo com as mais elevadas taxas de ocorrência de casamentos prematuros. Entretanto, segundo a directora executiva do FORCOM Benilde Nhalivilo, explicou que  no país há o registo de uma taxa de cerca de 50 por cento de raparigas que se casam antes dos 18 anos, enquanto aproximadamente 20 por cento se casam antes dos 15 anos.

A Organização da Mulher Moçambicana (OMM), realizou III Sessão do Conselho na cidade de Xai-Xai, província de Gaza, com o objectivo de debater sobre os propósitos alcançados  e reflectir sobre os desafios, constrangimentos e perspectivando o futuro. Segundo  Luísa Diogo na sua intervenção,  apontou progressos alcançados e mencionou os desafios que ainda prevalecem no cumprimento das 12 áreas eleitas como prioritárias, a destacar: Mulher e Pobreza; Educação e Capacitação da Mulher; Mulher e Saúde; Violência contra a Mulher; Mulher e Conflitos Armados; Mulher e Economia. Consta ainda Mulher no Poder e na Liderança; Mecanismos Institucionais para o Avanço da Mulher; Direitos Humanos das Mulheres; Mulher e a Comunicação Social; Mulher e Meio Ambiente; e Direitos das Meninas.

Em Moçambique, o parto continua a constituir um grande risco segundo o cirurgião Osório Trigo, a fístula está ligada à pobreza, a longas distâncias e ao custo para chegar ao hospital. Também referiu que, devido os habitos e costumes, as mulheres demoram procurar ajuda médica, por um lado, por outro, está também ligado ao casamento, à gravidez prematura e à subordinação da mulher, uma vez que a decisão de ir ao hospital só é tomada pelo marido e pela sogra. Também indicou à estatistica feita pelo Ministério da Saúde, em que cem mil (100.000) mulheres moçambicanas sofrem de fístula. Menos de 300 são operadas a cada ano, e estima-se que anualmente apareçam 300 a 400 fístulas novas.

Decorreu em Maputo a reunião do Comité Internacional da Marcha Mundial das Mulheres. Moçambique assume a liderança do Secretariado Internacional da Marcha Mundial das Mulheres.

O casamento prematuro nao sao permitido pela Lei. Contudo, só pode ocorrer quando se atije certa maturidade jurídica que é estipulada em 18 anos de idade, com uma excepção aos maiores de 16 desde que ocorram circunstâncias de reconhecido interesse público e familiar e houver consentimento dos pais ou legais representantes.

A pobreza e orfandade obrigam as raparigas moçambicanas para casamentos prematuros, o que resulta na separação das suas famílias e amigos, ainda em fase da socialização, privação da liberdade de interagir com raparigas da sua idade e perda de oportunidades de acesso à escola.

No âmbito do lançamento da campanha de vacinação contra o Papiloma Virus Humano, realizada na Vila de Manhiça, a Governadora daquela vila, garantiu que todas as sedes distritais da província de Maputo, passam a partir de Junho, a realizar o rastreio do cancro de colo de útero.